Porto Alegre, domingo, 05 de maio de 2024
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Canoas: Música e poesia realizadas por gestos de mãos, expressões corporais e faciais

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Oficina na Escola Vitória foi alusiva ao Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais. Foto: Guilherme Pereira/PMC

 

 

Alunos do 4º ao 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Bilíngue para Surdos Vitória, no bairro Mathias Velho, viveram uma experiência diferente na tarde desta terça-feira (23). Em alusão ao Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais, comemorado no dia 24 de abril, eles participaram de oficina que estimula a criança surda a avançar na aprendizagem e na socialização através da beleza de versos presentes na poesia e nas canções.

Ministrada por Graciele e Stephany, ex-alunas e atuais voluntárias da escola, o encontro transcorreu como se fosse uma aula de rotina da Libras. Graciele usou mensagens e uma música em homenagem às mães para passar, por meio de gestos de mãos, expressões corporais e faciais, o conteúdo da oficina. Pela manhã, o grupo acompanhou depoimentos sobre empoderamento e liderança.

“A ideia é motivar os alunos a participarem de movimentos que estimulem a arte e os integrem na comunidade, para que eles se expressem mais e melhor, incrementando o vocabulário em Libras e da língua portuguesa”, esclarece o diretor da instituição, Rafael Schilling Fuck. Segundo ele, não é objetivo da escola ensinar as crianças a oralizar ou se submeter a exercícios de fonoaudiologia. Na Vitória, a prioridade é o ensino de Libras e língua portuguesa escrita”, concluiu.

Professor na Vitória, Claudionir Borges encara a missão como um desafio constante, inclusive devido à necessidade de atualização dos sinais. “A Libras é homogênea em todo o território nacional, mas com particularidades regionais”, explicou, referindo-se aos nomes como são chamados objetos e alimentos semelhantes em diferentes regiões do país. De acordo com o docente, alguns alunos que apresentam diferentes níveis de dificuldade necessitam de atenção especial. “Nestes casos, fazemos adaptações. Para crianças com problemas de motricidade, dificuldade de escrever com as mãos, por exemplo, trabalhamos com gravuras e desenhos”, exemplificou.

Na Escola Vitória, não há perdas, apenas ganhos e avanços que prosseguirão no próximo dia 30, quando haverá o segundo encontro da oficina. Já em 7 de maio, acontece a gravação de um vídeo em homenagem ao Dia das Mães.