A prefeitura, em parceria com voluntárias e a ONG Mulheres do Brasil, promoveu um  encontro na quarta-feira, 29, com as mulheres que estão alojadas desde o início do mês no abrigo feminino da Paróquia São Martinho, na Zona Sul. O grupo é formado por 22 mulheres que tiveram que sair de suas casas no bairro Humaitá, Zona Norte, com seus filhos – 24 crianças – devido à enchente.

Segundo a coordenadora do abrigo e responsável pelas Políticas da Mulher do município, Fernanda Mendes Ribeiro, a ação tem o objetivo de identificar a preferência das abrigadas por cursos a serem oferecidos e desenvolvidos no local visando à colocação delas no mercado de trabalho. “Queremos fazer oficinas que atendam aos anseios das mulheres para que elas possam sentir-se amparadas e qualificadas na retomada de suas vidas pós-calamidade. Já temos, inclusive, uma empresa interessada em oferecer vagas a elas”, explicou.

A presidente da Procempa, Letícia Batistela, atuou emergencialmente na Central de Abrigos da Prefeitura de Porto Alegre e foi quem articulou a ação. “A partir da experiência na gestão de abrigos, e contando com a rede de parceiros e colaboradores do nosso ecossistema empresarial, estamos criando uma oportunidade de transformação para estas mulheres”, aponta Letícia.

A abrigada Pamela Rodrigues é catadora e aprovou a iniciativa. “Estamos vivendo um momento difícil e essa ajuda será muito importante para nós”, diz. No encontro, foram elencadas preferências das mulheres por oficinas de costura, confeitaria e manicure, entre outras. O encontro contou com a participação de representantes da Defensoria Pública do Estado e da Polícia Civil, por meio da  Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher.