Porto Alegre, sábado, 19 de outubro de 2024
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Granpal vai propor modelo de casa para famílias atingidas na região metropolitana

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Objetivo é atender modelo do MCMV e agilizar a liberação de recursos para a construção. Crédito da foto: Uffizi

Os municípios da Região Metropolitana devem definir nos próximos dias, um modelo de casas seguindo as regras do sistema Minha Casa Minha Vida, modelos 1 e 2, para ser apresentado ao governo federal. Com isso ficará agilizada a liberação de recursos, no valor de até R$200 mil por unidade, para que os municípios possam dar andamento na construção. A decisão foi tomada nesta sexta-feira, 31, na Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (GRANPAL).

Pelos cálculos da entidade, a região vai precisar construir 100 mil casas para atender as famílias atingidas pelas enchentes durante o mês de março. “Vamos trabalhar para que o sonho destas pessoas seja reerguido o mais rápido possível. É compromisso de cada prefeito, pois vai representar a volta da dignidade para seus moradores”, comenta o presidente da Granpal e prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata.

Outro tema discutido entre os participantes da assembleia envolveu a dragagem dos rios da região, em uma forma preventiva de minimizar efeitos de futuras cheias. Segundo dados da entidade, o último trabalho de dragagem foi feito na década de 1970 e nunca mais foi feito manutenção dos canais. “Vamos contratar especialistas para uma análise profunda do que precisa ser feito”, diz Maranata lembrando que as cidades vão em busca de recursos federais para as obras que forem aprovadas.

Os chefes do executivo da Região Metropolitana defenderam ainda a busca de uma solução para o transporte público. Conforme Maranata, mesmo antes da pandemia as prefeituras já vinham subsidiando as empresas para evitar um colapso no atendimento da população. “Agora, com os problemas enfrentados pelo Trensurb e o prazo para a volta da normalidade, esse cenário ficou ainda mais preocupante. Com o alagamento dos locais de operação, faltam espaços para a operação das empresas de ônibus e a retomada da rotina dos passageiros, vai obrigar uma destinação de recursos para o setor”.

A Granpal está organizando reuniões com a Metroplan e a Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM) e com a EPTC para avaliar o volume de prejuízos do setor. “Podemos pensar em compensações trabalhistas, desoneração da folha de pagamentos de salários ou dinheiro na conta como aconteceu na pandemia. Alguma coisa precisa ser feita”, comenta o presidente da Granpal.