A Câmara Temática de Inovação do Conselho do Plano Rio Grande realizou sua primeira reunião na tarde desta quarta-feira (10/7), de forma híbrida, com foco nas ações da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) para o enfrentamento dos desastres meteorológicos no Estado. O encontro contou com a participação on-line do vice-governador Gabriel Souza e com a presença da titular da Sict, Simone Stülp, do secretário-executivo do conselho, Paulinho Salerno, e de representantes de universidades e entidades do setor.

O objetivo foi apresentar os membros, a metodologia de trabalho e as iniciativas que estão em andamento para a área de inovação. A realização das câmaras temáticas está prevista no Conselho do Plano Rio Grande e busca organizar as demandas e pautas de cada setor atingido pelas enchentes de abril e maio, com ênfase em três eixos de atuação: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro. A proposta é monitorar a situação, avaliar as dificuldades e propor soluções, encaminhando as medidas necessárias junto aos órgãos competentes.

“O Rio Grande do Sul tem vocação para a inovação e, nesta fase de reconstrução, o setor será fundamental como ponto de partida, para que possamos pensar e executar ações com resiliência e adaptação climática, além de manter nosso capital humano”, destacou o vice-governador. “Estamos trabalhando para garantir a realização do South Summit Brazil e, ao mesmo tempo, pensando em novas políticas públicas que contribuam para as ações articuladas visando recuperar o Estado, com apoio da inovação.”

Soluções a partir da inovação

O trabalho feito pela Sict desde as enchentes se concentrou na mobilização do sistema gaúcho de ciência, tecnologia e inovação para a busca de soluções que contemplem diversas áreas, como ressaltou Simone, que coordena a Câmara Temática.

Uma das frentes priorizadas pela secretaria foi o catálogo de soluções para enfrentamento de desastres climáticos no Rio Grande do Sul, que está disponível no Observatório da Inovação, no site da pasta. Contém, atualmente, 270 iniciativas cadastradas após uma curadoria feita pela Sict e por parceiros. Um desdobramento desse trabalho são as rodadas de conexão entre prefeituras e soluções tecnológicas, com apresentações sendo realizadas nesta semana.

“Vários membros trouxeram a necessidade de atuarmos com o catálogo e as rodadas de conexão de forma constante. De fato, não queremos parar por aqui, pois são estratégias extremamente válidas para este momento e para o futuro do Estado”, disse Simone.

Comitês

Outra ação importante envolveu o Conselho Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, órgão vinculado à Sict. Quatro grupos de trabalho (GTs) foram criados para elaborar propostas de projetos dentro dos eixos do Plano Rio Grande. A ideia é, a partir de agora, debater essas propostas também na Câmara Temática de Inovação.

“A Câmara Temática da Inovação tem muito a contribuir para as discussões do Plano Rio Grande. Vamos fazer uma interlocução com o Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, do qual também sou coordenadora. Dessa forma, poderemos avançar ainda mais nas ações e nos projetos que estão sendo desenvolvidos”, afirmou a secretária.

Integrando a estrutura do Plano Rio Grande, o Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática é mais uma iniciativa importante para a área, com foco na contribuição acadêmica para a reconstrução do Estado. O grupo se reúne semanalmente para debater pautas relevantes encaminhadas pelo Comitê Gestor do plano.