Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Medalhista olímpica, Bia Ferreira estreia com vitória tranquila em Paris 2024, Por Comitê Olímpico do Brasil

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A campeã mundial e medalhista de prata em Tóquio 2020, Bia Ferreira, estreou com uma vitória tranquila nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Beatriz (Bia) Ferreira em ação contra a norte-americana Jajaira Gonzalez. Foto: Alexandre Loureiro/COB
 

 

]Nesta segunda-feira, dia 30, Bia derrotou a americana Jajaira Gonzalez por decisão unanime pela categoria -60kg. A atleta baiana está a uma vitória de garantir a vaga na semifinal em Paris e, consequentemente, mais uma medalha olímpica, já que o boxe não tem a disputa do bronze.

Já Abner Teixeira, bronze em Tóquio, foi surpreendido pelo equatoriano Gerlon Chala, pelos superpesados (+ 92kg), e está eliminado do torneio de Paris.

Bia não teve muita dificuldade para vencer a medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos Santiago. “Foi uma boa estreia. A gente lutou há pouco tempo, no Pan, e eu sabia que eu tentaria uma estratégia diferente. Dessa vez ela tentou vir pra cima de mim, mas não teve sucesso. Foi do jeito que a gente planejou, não tive muitas surpresas. Estou no jogo. Quero muito mais uma medalha olímpica, mas é uma luta de cada vez”, disse Bia.

A baiana de 31 anos assumiu o nervosismo antes de entrar no ringue. “Eu fiquei mais ansiosa antes de chegar aqui, bateu um pouco de adrenalina. Mas eu sou a que mais quero ser campeã olímpica. Então eu não podia deixar isso me atrapalhar. Vim pra mostrar o que venho fazendo nesses três anos”, disse a campeã mundial.

Para o treinador principal da equipe brasileira, Mateus Alves, o primeiro round de Bia foi mais amarrado por conta da estreia. “Por mais experiente que a Bia seja, a estreia traz uma tensão. Mas ela foi muito inteligente, deixou a americana vir. No segundo round ela já estava mais solta e no terceiro aproveitamos pra movimentar, jogando com o resultado. Todos verão a Bia muito mais à vontade na próxima luta”, disse Mateus.

Abner Teixeira em ação contra o equatoriano Gerlon Congo pelas oitavas de final do boxe masculino categoria peso super-pesado (acima de 92kg). Foto Alexandre Loureiro COBAbner Teixeira em ação contra o equatoriano Gerlon Congo pelas oitavas de final do boxe masculino categoria peso super-pesado (acima de 92kg). Foto: Alexandre Loureiro/COB

Abner Teixeira não viveu um ciclo olímpico tranquilo depois da prata em Tóquio. Mesmo assim conseguiu a prata nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, após passar por um período afastado do esporte em função de uma ruptura do ligamento cruzado anterior no joelho direito. Na derrota para equatoriano Gerlon Chala, nesta segunda, em Paris, a pontuação adversa no primeiro round fez a diferença. Abner se recuperou nos dois rounds seguintes, mas não foi suficiente.

“Quero assistir a luta para ver onde eu errei. Mudei a estratégia no meio do combate, achei que tivesse feito o bastante, mas não foi o necessário. Eu sou muito competitivo e queria fazer história aqui novamente. Agora é voltar pra casa e pensar nos próximos passos”, afirmou o superpesado.

O boxe do Brasil fez sua melhor campanha em Jogos Olímpicos em Tóquio, com uma medalha de ouro, uma prata e um bronze. O ótimo ciclo olímpico desde então fez com que o Brasil se classificasse em dez categorias para Paris 2024, sendo o país com mais atletas no torneio de boxe em Paris.

Medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, Keno Marley estreou no domingo com vitória e classificação para as quartas de final da competição. O brasileiro retorna ao ringue na quinta-feira, dia 1, para encarar o uzbeque Lazizbek Mullojonov.

Nesta terça, dia 30, Michael Trindade enfrenta o cubano Alejandro Claro (-51kg); Wanderley Pereira pega o haitiano Cedrik Belony-Duliepre (-80kg); e Tatiana Chagas pega a coreana Aeji Im (-54kg).

A equipe ainda conta com: Caroline Almeida, Jucielen Romeu, Barbara Santos, Luiz Oliveira, o Bolinha, neto do lendário medalhista olímpico Servílio de Oliveira, que estrearão nos próximos dias.