Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Porto Alegre: Hospital Moinhos de Vento oferece transplante de tecido musculoesquelético. Opção garante maior recuperação e mobilidade aos pacientes

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Evento terá mais de dez palestrantes para debater o tema com profissionais da área da saúde. Foto: HMV

Pensando em melhorar o atendimento e a qualidade de vida dos pacientes que precisam realizar a troca ou a revisão das próteses de quadril e joelho ou que estejam com perda óssea em razão de tratamento de tumores ou fraturas graves, o Hospital Moinhos de Vento começou a realizar transplantes de tecidos musculoesqueléticos. Com o recente credenciamento, o Hospital agora faz parte do seleto grupo de 12 instituições hospitalares que são autorizadas a realizar o procedimento no Rio Grande do Sul.

Segundo o cirurgião e chefe do Serviço de Ortopedia do Moinhos de Vento, Carlos Galia, o transplante oferece vários benefícios. “Muitos pacientes com afrouxamento da prótese, além de substituir o implante, precisam repor o osso na região. Por ser uma solução biológica, o enxerto se ajusta melhor ao organismo. A chance de rejeição é muito baixa. Em 95% dos casos, os pacientes se adaptam bem ao novo tecido”, detalha Galia.

Transplante é recomendado em casos de perda óssea acentuada

Há poucos locais de onde retirar enxerto ósseo do próprio paciente, por isso, a maior parte dos tecidos utilizados nos transplantes são oriundos de bancos de tecidos, como o do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) do Ministério da Saúde. Conforme o caso, o material é solicitado e o transplante é realizado, por uma equipe treinada e especializada, no Centro Cirúrgico do Moinhos de Vento.

O primeiro procedimento realizado pela instituição, foi no dia 12 de agosto, em um paciente que sofreu uma fratura grave e complexa do fêmur causada por um acidente de trânsito no dia 4 de julho de 2023. Transferido para o Hospital Moinhos de Vento logo após o acidente, Marciano do Prado, ficou mais de 30 dias internado – sendo 19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – com diversas outras fraturas, além da pelve e do fêmur. Com uma recuperação lenta, o paciente ficou acamado, enfrentou várias sessões de fisioterapia e voltou a andar com auxílio de muletas.

No entanto, pela gravidade da fratura do fêmur, não ocorreu a consolidação no tempo esperado, sendo necessária a realização de uma nova cirurgia. O defeito ósseo ocorrido no trauma impedia a cura da fratura e Marciano continuava com dificuldades para andar e com muitas dores. Em 25 de julho de 2024, voltou a ser internado para realizar o transplante musculoesquelético.

Segundo o médico responsável pela cirurgia, o ortopedista e traumatologista do Hospital Moinhos de Vento, Cristiano Diesel, o credenciamento veio em tempo para dar uma nova perspectiva ao paciente. “Ele teve uma fratura grave no fêmur que não se consolidou, por isso, optamos por utilizar enxerto de osso. Realizar este tipo de procedimento dará a chance real de recuperação para o Marciano e para muitos outros pacientes”, explica.

Otimista, Marciano comemora as novas possibilidades: “Confio na minha recuperação, eu podia ter perdido a vida, mas estou aqui e tudo está indo muito bem”, ressalta.

Além do tecido ósseo, podem ser transplantados ligamentos, meniscos e tendões. A necessidade de cada paciente é definida por ortopedista especializado, sendo uma opção personalizada para cada caso.