Em linha com nossa projeção de 0,45% e praticamente no mesmo patamar das projeções de mercado em 0,46% o IPCA de setembro acelera 0,44% no mês. Isso fez a variação em 12 meses acelerar para 4,42% contra 4,24% do mês anterior.
O resultado do mês foi influenciado por questões climáticas e deixa evidente que não bastassem os desafios usuais da Política Monetária agora se soma mais um problema na mesa do COPOM. Parte da alta foi resultante da energia elétrica que influenciada pelo clima passou agora para Bandeira Vermelha patamar 1. Isso fez que a queda de 2,77% em agosto fosse mais que compensada pela alta de 5,36% agora em setembro.
Outro problema climático no IPCA foram os alimentos, em especial carnes e alimentos in-natura, que refletem as recentes queimadas e secas.
Dito isso há relativas boas notícias. Combustíveis se mostram estáveis e em especial gasolina teve ligeira queda na leitura mensal. Contudo o mais importante são as medidas de núcleo e Serviços Subjacentes apresentou queda expressiva na margem (saindo de 0,28% para 0,02%).
Que pese que a queda em serviços pode ser localizada em poucos itens, os demais núcleos não tiveram aceleração, o que pode auxiliar a perspectiva de altas de juros mais moderadas.