Para marcar a passagem do Dia das Crianças, a Serasa divulga um levantamento especial no qual estuda, em profundidade, a relação de pais e filhos com as finanças, o dinheiro, despesas, salários e a tradicional mesada. Para 89% dos pais e mães entrevistados pelo Instituto Opinion Box, a instituição da mesada contribui para a consciência dos filhos sobre o verdadeiro valor do dinheiro. Porém, somente 56% dos pais conseguem cumprir com o compromisso de dar uma quantia mensal aos filhos.
Entre a parcela que ainda não dá nenhum tipo de mesada aos seus filhos, 35% optaram por ensiná-los sobre a importância de trabalhar para ganhar o próprio dinheiro. Na sequência, 32% preferem controlar as finanças e dar dinheiro de acordo com a necessidade da criança e 27% declaram não ter condições financeiras de dar mesada para os filhos.
Mesada requer bom comportamento
Na maioria dos casos, a mesada está condicionada ao comportamento em casa (58%) e ao comportamento na escola (56%), mas também está atrelada às notas escolares (48%) e à realização de tarefas domésticas (41%). Segundo o estudo, 79% dos pais afirmam explicar ao filho sobre a importância de poupar e fazer investimentos a longo prazo, pensando na faculdade.
Região Sul
A Região Sul também registrou o maior percentual, 67,2% de pais que afirmam conversarem com seus filhos sobre questões financeiras sempre que podem. Mostrar que é importante guardar dinheiro, não somente gastar, esclarecer quais produtos são caros ou baratos, estimular o uso do cofrinho e falar sobre mesada e os cuidados com o dinheiro são as formas mais utilizadas pelos pais para tratar de finanças com os filhos.
Também estão na Região Sul o maior número de pais que dão mesadas para seus filhos, 63,2%. Os principais motivos apontados são ensinar a lidar com o próprio dinheiro, estimular a responsabilidade financeira e ensinar a economizar e ter reserva própria.
Nos três estados do Sul, 68,5% dos pais optam por dar a mesada em espécie e 19,4% prefere usar as contas digitais infantis. Ao dar a mesada para os filhos, 49,9% dos pais da região esperam que eles guardem parte dos valores para o futuro e também utilizem para comprar produtos e brinquedos e também o lanche da escola. O comportamento em casa e na escola são as principais condições indicadas pelos pais para o recebimento da mesada.
Ao serem questionados se fazem algum tipo de poupança ou investimentos para os filhos no futuro, 50,2% afirmaram que sim. 61,2% dos pais acreditam que as redes sociais influenciam no comportamento de consumo dos filhos, sendo que o whatsapp, o Instagram, o Youtube e o Tiktok são os mais usados, e ainda 52,9% dos pais informam que o acesso dos filhos é parcialmente supervisionado.
O levantamento mostrou, ainda, que os filhos começaram a receber mesada principalmente entre 6 e 8 anos (30%) e 28% antes dos 5 anos. Para 14%, a mesada passou a fazer parte da rotina entre 12 e 14 anos e, para 4%, entre 15 e 18 anos.
Preocupação com o futuro
Apesar de 81% dos pais afirmarem que os filhos têm mais acesso a informações sobre finanças do que eles, quando tinham a mesma idade, 80% admitem se preocupar que as crianças cheguem à vida adulta sem saber como lidar com as finanças.
Da mesma forma, 83% consideram importante incluir os filhos nos assuntos da casa para que sintam abertura para falar sobre isso futuramente, ensinando, principalmente, sobre a importância de ter uma vida financeira saudável.
Metodologia
O estudo faz parte da 11ª edição do Serasa Comportamento, série de levantamentos realizados pela Serasa sobre a forma como os brasileiros lidam com suas finanças. A pesquisa ouviu 1.540 consumidores de todas as regiões do país, de 18 até 60 anos ou mais.
Resumo
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