Mais de 700 jovens aprendizes iniciaram as aulas teóricas do Partiu Futuro Reconstrução nos municípios de Porto Alegre e Canoas. O programa, executado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), em parceria com a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi) e o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), oferece formação profissional e acesso ao mundo do trabalho para jovens entre 14 e 22 anos em situação de vulnerabilidade e que foram afetados pelas enchentes recentes no Rio Grande do Sul.
“Com esse programa, que tem uma capacidade formativa, vamos inaugurar um novo futuro para esses jovens em vulnerabilidade, com carteira de trabalho, para que eles tenham uma nova perspectiva”, comentou o titular da Sedes, Beto Fantinel.
“É muito bom ver essa sala cheia, com todos uniformizados. E, se eu tivesse que dar um recado para vocês, diria para aproveitarem essa oportunidade. Como o nome do programa diz, vocês fazem parte da reconstrução e do futuro. Também vamos selecionar jovens aprendizes para trabalharem conosco no governo do Estado e o nosso departamento de Juventude seguirá à disposição de vocês”, destacou o diretor do Departamento de Políticas para a Juventude da Sedes, Anderson Pavin Neto, que esteve presente em uma das aulas.
O percurso teórico terá duração de 400 horas e contará com aulas sobre marketing, logística, administração e postura no ambiente de trabalho. “O jovem, quando conclui o programa de aprendizagem, sai preparado para o mercado de trabalho. Aqui, a gente ensina tudo para eles estarem capacitados para iniciarem as atividades prática em órgãos públicos municipais, estaduais e federais”, disse a gerente de Polo II da Renapsi, responsável pelo programa na capital e em Canoas, Andrea Alves.
“A importância é sempre, primeiramente, reconstruir o Estado, montar um time de jovens capacitados para trabalhar e ter sucesso nesse mundo do trabalho”, comentou um dos selecionados do programa, Alessandro Camargo. O jovem de 16 anos, que sonha em cursar Informática, ainda acrescentou que o Partiu Futuro Reconstrução será importante para ajudá-lo a adquirir um currículo bom e conhecimento, além de estruturar uma sociedade melhor”.
Já para Emilly Centena, de 15 anos, participar do programa será importante para aprender mais sobre o mercado de trabalho e também para poder ajudar financeiramente em casa. “Eu acho que vai ser essencial na minha vida, que vai mudar muito, porque a partir daqui eu vou ter mais oportunidades. Vou me dedicar muito e isso vai ser muito importante para meu futuro. O que eu aprender aqui, vou usar lá na frente”, concluiu.
Cada jovem aprendiz receberá uma bolsa-auxílio de R$ 786,95 (50% do salário mínimo regional) para uma jornada 20 horas semanais e vale-alimentação de R$ 550. Eles erão todos os benefícios garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), além de contarem com acompanhamento psicológico, orientação jurídica, reforço escolar, serviço de telemedicina e seguro.
A previsão é de que as atividades teóricas nos outros 21 municípios integrantes do programa comecem ainda neste mês de novembro.
A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro. A sociedade também está contemplada e participa do plano por meio do Conselho do Plano Rio Grande, que tem 182 representações do Poder Público e da sociedade civil, incluindo pessoas atingidas pelas enchentes. A academia está representada pelo Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, sendo um órgão colegiado com atribuições consultivas e propositivas.