Prestes a completar 88 anos, em 8 de dezembro, Jorge Gerdau Johannpeter se prepara para a tour de lançamento do livro “A Busca – Os Aprendizados De Uma Jornada De Inquietações e Realizações”. No dia 28 de novembro, o evento acontece na Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre. Em 6 de dezembro, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Dia 10 de dezembro, na CNI, em Brasília. Por último, o livro será lançado em Belo Horizonte, dia 12 de dezembro, no Museu das Minas e do Metal Gerdau.
“Sinto uma profunda gratidão pela oportunidade de ajudar e participar da construção do futuro. Essa é a mais importante herança que recebi dos meus pais, Curt e Helda”. Jorge é o terceiro de quatro filhos de Curt Johannpeter e Helda Gerdau, a filha mais velha de Hugo Gerdau. É bisneto de João Gerdau, o fundador da empresa em 1901. Nascido no Rio de Janeiro, cresceu no Rio Grande do Sul. Jorge tem três irmãos (Germano, falecido em 2023, Klaus e Frederico) e cinco filhos (Carlos, André, Beatriz, Marta e Karina). Hoje é casado com Maria Elena.
Escrito em linguagem simples, mas profunda em conhecimento, o livro não é exatamente biografia, e sim uma provocação para que o leitor também faça, com urgência, a sua própria busca. Na foto de capa, ao invés dos esperados vergalhões de aço, Jorge segura uma prancha de surfe. Para quem não sabe, junto com o irmão Klaus, ele foi um dos precursores do esporte no país. Sim, a imagem dele é muito mais vinculada ao hipismo (campeão brasileiro e criador de cavalos da raça Holsteiner), mas Jorge dropou ondas no Brasil e exterior.
Ainda não li a obra, imagino que mescle histórias da vida de um homem múltiplo, guru de várias gerações, que trabalhou na consolidação e crescimento do Grupo familiar, e dedicou-se à criação de instituições voltadas para educação, voluntariado e empreendedorismo. Atuante na esfera Pública, independente de quem está no governo, sempre defendeu a eficiência do Estado. Jorge Gerdau é fundador do “Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade e do Movimento Brasil Competitivo”. É membro da Academia Internacional da Qualidade, da Academia Brasileira da Qualidade e integra o Conselho da Fundação Nacional da Qualidade. Nas áreas de educação e cultura, foi fundador e presidiu por 10 anos o Conselho de Governança do movimento Todos pela Educação e o Conselho da Fundação Iberê Camargo. É vice-presidente do Conselho da Fundação Bienal do Mercosul e integrante do Conselho da Parceiros Voluntários, entre outras instituições que apoia.
Pelo que sei do livro, ele “abre as portas de seu escritório” e nos convida a sentar para aprendermos quais valores regeram a sua vida e carreira de sucesso, e que ainda o guiam a envolver-se em ações e projetos que têm beneficiado milhares de pessoas. Tornar-se um dos maiores empresários mundiais do aço, tal como o norte-americano Andrew Carnegie, não é algo que se consiga apenas com sorte e muito trabalho. Há muito mais envolvido, e a epígrafe acima nos dá um forte indício de que a construção do grupo empresarial de alcance global, está além dos interesses pessoais – herda-se um legado moral e de valores, que deve ser usado para o bem do maior número de pessoas, alcançando, numa perspectiva mais ampla, toda a sociedade e além dela.
“A Busca – Os Aprendizados De Uma Jornada De Inquietações e Realizações” (Citadel Editora) não é uma biografia, mas um livro revelador dos princípios que nortearam as experiências de vida pessoal, familiar, social e profissional de Jorge Gerdau, expressas em 23 palavras diluídas ao longo da obra. Por meio delas é possível apreender a riqueza do pensamento e a constante busca por excelência do inovador empresário.