Reportagem de O SUL mostra que o TPI (Tribunal Penal Internacional) emitiu nesta quinta-feira (21) um mandado de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra cometidos durante a invasão da Faixa de Gaza.
A Corte, com sede em Haia, na Holanda, também expediu mandados de prisão contra o ex-ministro da Defesa israelense Yoav Gallant, demitido há duas semanas por Netanyahu, e Mohammed Deif, comandante da ala militar do Hamas que arquitetou o ataque de 7 de outubro de 2023 em Israel. O país diz que o terrorista foi morto em agosto, mas o Hamas ainda não confirmou a informação.
As condenações também incluem os crimes de “indução à fome como método de guerra”, pelo lado de Israel, e “exterminação de povo”, pelo lado do Hamas. Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, inclusive, o Brasil, e significa que os governos dessas nações se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em seus territórios.
O TPI disse ter evidências suficientes de que todos cometeram crimes de guerra por deliberadamente atacarem alvos civis, de um lado e de outro. A decisão acatou um pedido da Procuradoria do tribunal feito em maio, o primeiro trâmite da Justiça internacional contra Netanyahu.
“Eu rejeito essa comparação nojenta do procurador em Haia entre a democracia de Israel e os assassinatos em massa do Hamas. Que audácia você comparar o Hamas, que matou, queimou, fatiou, decapitou, estuprou e sequestrou nossos irmãos e irmãs e os soldados das Forças de Defesa de Israel, que lutam uma guerra justa”, afirmou Netanyahu após a decisão.
Já o Hamas disse, em comunicado, que a medida “iguala a vítima ao carrasco”.