Porto Alegre, quinta, 23 de janeiro de 2025
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Em 2024, produtores gaúchos receberam menos, mas pagaram mais

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No acumulado, os custos aumentaram 1,87%, enquanto os preços recebidos tiveram deflação de 8,1%

 

Em 2024, os produtores gaúchos pagaram mais caro pelos insumos, mas receberam menos pelo que produziram, segundo o relatório dos índices de inflação divulgado pelo Equipe Econômica da Farsul nesta terça-feira (21).

O Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores (IIPR) apresentou, no acumulado de 2024, uma retração de 8,1%. Apesar de alguns produtos terem registrado elevação no período, as quedas significativas no preço do arroz e da soja acabaram por puxar o índice para baixo. Isso é um reflexo da expectativa de uma safra maior na safra 24/25.

Na comparação com o mês de novembro, o IIPR apresentou deflação de 3%, influencidas, principalmente, pela queda no preço de arroz, que se aproxima de uma colheita maior.

O IIPR encerrou o ano em movimento contrário ao do IPCA Alimentos, que teve alta de 1,03% no acumulado. Ou seja, apesar dos produtores estarem recebendo menos, o preço final na gôndola dos supermercados aumentou, uma indicação de que este aumento não está ligado ao setor, mas sim a outros processos inflacionários no País.

Já do lado dos custos, o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) apresentou inflação de 1,87% no acumulado de 12 meses. Isso se deve, especialmente, ao aumento significativo da taxa do câmbio, que encareceu todos os insumos importados. Somente em fertilizantes, houve um aumento de 20% na comparação com o início de 2024.

Em relação ao mês de novembro, também houve inflação de 0,6%, mais uma vez influenciada pela alta do dólar, além dos custos com financiamentos de capital de giro, que foram puxados pelo aumento da taxa da Selic.

Confira relatório completo.