Porto Alegre, segunda, 03 de março de 2025
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Porto Alegre: Período de férias e Carnaval exigem cuidados para prevenir a dengue 

Detalhes Notícia
É importante eliminar qualquer foco de água parada e escovar a parede dos recipientes Cristine Rochol/PMPA

Com a chegada do período de Carnaval, as viagens são comuns entre moradores de Porto Alegre. Como a cidade enfrenta um aumento na infestação do mosquito Aedes aegypti – transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya – é recomendado que sejam adotadas medidas preventivas antes de viajar e no retorno à cidade.

Antes de sair para a folia é importante verificar o imóvel, eliminar qualquer foco de água parada e escovar a parede dos recipientes que são utilizados em quintais. Guardar os materiais em locais protegidos e cobertos também é recomendado. As fêmeas do mosquito Aedes aegypti põem os ovos na parede de recipientes, e não na lâmina de água. Assim, os ovos ficam aderidos ao local da postura e, depois de alguns dias, estarão prontos para eclodir quando entrarem em contato com a água. Verificar se calhas estão limpas, sem acúmulo de folhas, se ralos pluviais estão secos, descartar objetos inservíveis do jardim ou quintal são medidas recomendadas.

Também é importante observar se o local de destino nas férias está com transmissão viral ou tem casos confirmados de alguma das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Havendo confirmação de transmissão viral ou alta infestação vetorial, a recomendação é de uso de repelentes corporais (específicos para cada faixa etária ou condição de saúde).

A enfermeira Raquel Rosa, que faz a vigilância da dengue na Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), destaca que durante a viagem ou no retorno é importante que as pessoas estejam atentas aos sintomas e, na dúvida, procurem um serviço de saúde. Viajantes ou responsáveis por crianças com sintomas como febre alta (mais de 38º), acompanhada por dor de cabeça e dor no corpo, devem avisar o profissional de saúde no momento do atendimento sobre viagens nas duas últimas semanas antes de começarem os sintomas, pois, a partir da suspeita e da notificação, a DVS adota medidas de combate ao vetor e eliminação de criadouros.

A preocupação é que os viajantes retornem à Capital infectados e sejam picados pelos mosquitos, cuja população está muito alta, contaminando-os. E, a partir deste momento, inicie a transmissão viral na cidade e aumente exponencialmente o número de casos devido à suscetibilidade das pessoas.

Verifique neste link dicas sobre cuidados com o imóvel e aqui os cuidados em viagem.