A Defesa Civil de Porto Alegre deu início, nesta terça-feira, 11, ao Workshop de Preparação e Mitigação de Desastres Climáticos, evento que reúne especialistas, gestores públicos e representantes de diversas instituições para fortalecer as estratégias de resiliência da cidade. O encontro ocorre no auditório da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e segue nesta quarta-feira, 12.

De acordo com o diretor da Defesa Civil da Capital, Evaldo Rodrigues Junior, esta é uma oportunbidade para discutir e aprimorar as estratégias adotadas pelo órgão na resposta a desastres climáticos. “O encontro servirá para agregar ideias de ações que poderão ser adotadas pelas entidades, tanto em nível comunitário, municipal e regional. Uma ação, por exemplo, é os órgãos municipais dotarem-se de serviços de meteorologia próprios, qualificando a atividade e deixando a população melhor informada, inclusive para autoproteção”, salientou o diretor.

O primeiro dia do evento contou com a Oficina de Avaliação de Capacidades Institucionais de Gestão de Risco (MCR2030), conduzida pelo oficial de Programa para Resiliência Urbana, Ação Climática e Inclusão do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR), Clément da Cruz. Durante a atividade, ele aplicou o Scorecard, ferramenta de diagnóstico utilizada para avaliar a resiliência urbana e identificar áreas de melhoria na gestão de riscos da cidade.

Cruz destacou que Porto Alegre já é reconhecida como um hub de resiliência, atuando como cidade mentora de outros municípios no tema. No entanto, ressaltou que a experiência da capital gaúcha precisa ser aprimorada após os eventos de maio de 2024. “A tragédia do ano passado foi um momento desafiador que mostrou que, apesar de todas as boas práticas e experiência, o cenário mudou. Então, o que era bom em uma época precisa ser atualizado. Esse workshop vai fazer um diagnóstico para entender o que está dando certo e o que precisa ser melhorado”, afirmou.

No período da tarde, o debate avançou com dinâmicas sobre gênero e resiliência climática, destacando a importância da inclusão e da equidade na formulação de políticas de gestão de risco. O encerramento do primeiro dia foi marcado por uma discussão coletiva sobre os próximos passos na construção de um município mais preparado para eventos climáticos extremos.

O encontro segue nesta quarta-feira, 12, com painéis sobre monitoramento de desastres, apresentação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e estratégias de prevenção. Entre os principais objetivos do workshop estão a atualização do Plano de Contingência de Riscos de Desastres, a elaboração do Plano de Preparação e Mitigação de Desastres Climáticos e o fortalecimento do engajamento multissetorial na gestão de riscos.