A Farsul apresentou, na noite de terça-feira (29/4), a agenda legislativa de 2025. Estiveram presentes o secretário da Agricultura, Edivilson Brum, em sua primeira visita à instituição, o secretário de Desenvolvimento, Ernani Polo, o presidente da Assembleia Legislativa, Pepe Vargas, e o líder do Governo na Assembleia Legislativa, Frederico Antunes, além de onze deputados estaduais.
Em sua fala de abertura, o presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, destacou a importância do setor para o estado, que corresponde a mais de 40% do valor do PIB estadual. Gedeão ainda falou sobre o momento delicado que o produtor gaúcho vive, após uma sequência de estiagens e inundações que devastaram a produção agrícola do estado. “De 2020 a 2024, deixamos de colher 40 milhões de toneladas de grãos. Sem nem considerar essa safra, o povo gaúcho já perdeu mais de R$ 160 bilhões. Se considerarmos o agronegócio como um todo, vamos a R$ 360 bilhões. Isso é dinheiro que deixou de circular no Estado.”, declarou.
Em seguida o assessor da Presidência, Luís Fernando Pires, apresentou aos parlamentares uma cartilha com os projetos de lei que tem impacto direto sobre o setor do agronegócio, e o posicionamento da Farsul sobre cada um deles. Questões de irrigação, segurança fundiária, defensivos agrícolas e direito à propriedade privada foram alguns dos pontos destacados pelo assessor.
O economista-chefe da Farsul, Antonio da Luz, aprofundou a discussão sobre o endividamento do setor. Da Luz destacou que, dos cinco maiores complexos industriais do Rio Grande do Sul, quatro deles são relacionados diretamente com o grão produzido no estado. “Se eu não tenho grão, eu não tenho produção industrial. Não é à toa que de 2020 pra cá, por conta desse ciclo terrível, o Rio Grande do Sul está 12 pontos percentuais abaixo do PIB do resto do País.” O economista destacou que não é possível que o estado avance se não forem resolvidos os problemas com estiagem, e que para isso é necessário esforço para melhores condições de renegociação de dívidas e abertura de linhas de crédito. “Não bastam só posicionamentos, precisamos de que todas as forças do estado se unam em prol dessas medidas, para trazer um alívio aos nossos produtores”, concluiu.