O estudo da CNI avalia a área da construção a partir de uma série de aspectos, medidos na forma de indicadores. A evolução da atividade ficou em 49, desempenho 0,9 pontos abaixo do registrado em outubro, mas melhor do que os verificados durante o primeiro semestre. Em janeiro deste ano, o indicador estava em 44, por exemplo. O índice varia de 0 a 100. Valores abaixo de 50 indicam queda do nível de atividade e do emprego.
Segundo a economista da CNI Dea Fioravante, o resultado já era esperado para o mês, apesar de novembro, historicamente, apresentar resultados piores pois marca a entrada no momento de virada de ano.
“O período de novembro a janeiro é marcado por meses ruins. Tem o clima, que não ajuda. Obras de infraestrutura diminuem, perdem velocidade ou ficam até paradas pelo movimento nas estradas. Há problema de mão de obra para obras. É período que todo ano a gente nota que tem desaceleração grande no setor de construção”, comentou a economista à Agência Brasil.
O indicador da evolução do nível de emprego ficou entre os patamares mais baixos do semestre, em 47,4. Mas, assim como no caso do índice sobre atividade, também significou um aumento em relação ao início do ano. Em janeiro, a pontuação estava em 42,5.
Já a utilização da capacidade operacional das empresas ficou “estagnada” em novembro pelo terceiro mês consecutivo, em 62%. A ociosidade aumentou um ponto percentual nas pequenas empresas, chegando a 57%, e nas grandes, atingindo 65%.
Intenção
A intenção de investimento marcou 42,2, o maior desde dezembro de 2016. A média histórica deste período ficou em 33,9. O índice de confiança registrado em dezembro foi de 63,1 – 1,1 acima do identificado em novembro e da média história desde 2013, de 53,7.
Já a expectativa sobre a evolução do nível de atividade atingiu 57,3, melhor resultado do semestre, mas abaixo do início do ano. O mesmo vale para a estimativa em relação a novos serviços e à contratação de empregados.
“O indicador de confiança tem quatro componentes. Dois de expectativa e dois de condições atuais. As expectativas estão muito boas e demonstram otimismo. A confiança está alta com base nas condições atuais e isso é um bom sinalizador. As condições macroeconômicas estão favoráveis e isso está levando a um aumento da propensão de investimento”, observa Dea Fioravante. (Agência Brasil)