Porto Alegre, sábado, 16 de novembro de 2024
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'Homem que decide economia no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes', diz Bolsonaro; por Marlla Sabino/O Estado de S.Paulo

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Presidente da República Jair Bolsonaro, conversa com o Ministro de Economia, Paulo Guedes. Foto: Marcos Corrêa/PR

O site do jornal O Estado de São Paulo informa que o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 27,  na saída do Palácio da Alvorada, que o “homem que decide a economia” no Brasil é o ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Acabei mais uma reunião aqui tratando de economia. E o homem que decide a economia no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte, nos dá recomendações e o que nós realmente devemos seguir”, disse Bolsonaro.

Ele deu a declaração ao sair de uma reunião com Guedes, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto. Os ministros estavam ao lado de Bolsonaro durante a fala.

Guedes afirmou que o governo segue firme em sua política econômica de responsabilidade fiscal. Segundo ele, os gastos extraordinários feitos pelo governo em decorrência da crise do novo coronavírus são uma “exceção” na condução da política econômica. “Queremos reafirmar a todos que acreditam na política econômica que ela segue, é a mesma política econômica”, disse. “Quando há um problema, como de saúde, o presidente fala: ‘Olha vamos para um programa de exceção’.”

Como mostrou o Estado, o ministro da Economia entrou em atrito com colegas na Esplanada e expôs sua contrariedade com o plano econômico anunciado na semana passada para o período pós-pandemia do coronavírus.

Guedes chegou a escalar o presidente do BC para alertar que o Plano Pró-Brasil – que prevê o aumento de investimentos públicos em infraestrutura – atrapalha atuação do BC na condução da política de juros. 

Depois de Luiz Henrique Mandetta, demitido da Saúde, e da saída de Sérgio Moro do ministério da Justiça, Guedes entrou no processo de “fritura” deflagrado por uma ala do governo por insistir no discurso de manutenção da sua política de ajuste fiscal. Integrantes da equipe econômica não estiverem presentes na cerimônia de lançamento do programa.

As especulações no mercado sobre uma possível saída de Guedes aumentaram após as demissões de Mandetta e de Moro terem sido motivadas pela interferência do presidente nas duas pastas. A pergunta que agora se faz no meio político é se Guedes vai aceitar uma ingerência de Bolsonaro em suas ações. Os dois ex-colegas de Esplanada não aceitaram.

Clique aqui e leia a íntegra em O Estado de São Paulo.