Porto Alegre, sexta, 20 de setembro de 2024
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Polícia bloqueia marcha contra o racismo em Paris e protesto termina em violência; RFI

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Policiais cercaram manifestantes e tentaram dispersar a manifestação antirracismo com bombas de gás lacrimogênio neste sábado (13) em Paris. AFP - ANNE-CHRISTINE POUJOULAT

 

 

Milhares de pessoas saíram às ruas da França neste sábado (13) para protestar contra o racismo e as violências policiais. Em Paris, militantes se reuniram na Praça da República, centro da capital francesa, mas não puderam deixar o local para a realização de uma marcha devido a um bloqueio policial. Violências entre manifestantes e a polícia foram registradas no final do ato.

Paris, Lyon, Bordeaux: milhares de manifestantes participaram de mobilizações promovidas por organizações de direitos humanos e o movimento negro da França.

Na capital francesa, cerca de 15 mil pessoas se concentraram na Praça da República no início da tarde, após convocação do Comitê Adama Traoré, jovem morto pela polícia em 2016. Os participantes do ato pretendiam realizar uma marcha até a Praça da Opéra, um percurso de cerca de 2,5 quilômetros pelo centro de Paris. No entanto, a polícia cercou as ruas em torno do ponto de partida do cortejo, impedindo que os manifestantes pudessem circular pelas ruas em direção ao destino previsto.

Para Jean-Luc Mélenchon, líder do partido da esquerda radical França Insubmissa, a atitude da polícia foi “odiosa”. “É uma maneira de incentivar um clima pesado na França”, afirmou, apelando às autoridades que permitissem as pessoas se deslocar.

O Ministério do Interior indicou que a marcha não foi declarada e que, devido à pandemia de coronavírus, reuniões públicas de mais de dez pessoas estão proibidas. No entanto, Assa Traoré, líder do Comitê Adama Traoré e irmã do jovem morto pela polícia em 2016, afirmou que as autoridades foram informadas sobre o trajeto do cortejo.

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