Porto Alegre, sexta, 20 de setembro de 2024
img

Memorabilia: James West; por Márcio Pinheiro*

Detalhes Notícia

Espécie de James Bond a cavalo, James West era um agente especial do governo americano e The Wild Wild West (no Brasil, apenas James West) era um seriado que apostava em duas vertentes muito populares nos anos 1960: os filmes de faroeste e os de espionagem.

Robert Conrad era James West, um agente que se reportava diretamente ao presidente dos Estados Unidos. Como o contato naquela época não era fácil, a “ponte” entre os dois era Artemus Gordon (Ross Martin). Seria ele o responsável em trazer para West detalhes sobre a missão a ser executada, além de fornecer o arsenal de armas e aparelhos. O principal vilão era Miguelito Loveless, interpretado pelo anão Michael Dunn.

Com algumas características peculiares – a começar pela maravilhosa abertura e também pelas vinhetas antes de cada comercial, quando a cena era congelada com a imagem transformando-se num story-board –, a série teve um sucesso imenso, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. A série estreou em setembro de 1965, durou quatro temporadas divididas em 104 episódios. Todos eles tinham títulos que começavam com “The Night…” (“A Noite…”).

Robert Conrad, na verdade Konrad Robert Falkowski, havia feito quase nada no cinema e na TV até ser convidado para protagonista de James West. Estava com 30 anos (nasceu em março de 1935, em Chicago) e era (pouco) conhecido por pequenas participações em seriados. Na verdade, os produtores gostariam de Paul Newman no papel principal, mas, como o salário seria alto e o seriado não tinha garantia de sucesso, Conrad acabou sendo a solução.

Se pouco fez antes de James West, quase nada fez depois. Retirou-se para o interior da Califórnia e só voltou a ser lembrado quando se envolveu num terrível acidente de carro. Estava dirigindo alcoolizado seu Jaguar quando atravessou a pista e bateu de frente com outro carro. Os dois motoristas sofreram ferimentos graves. Por dirigir bêbado (o nível de álcool no sangue era quase três vezes o limite legal permitido), Conrad foi condenado a seis meses de prisão domiciliar e tratamento para alcoolismo, além de ser proibido de frequentar bares. Morreu em fevereiro, aos 84 anos.

*Márcio Pinheiro, jornalista, escritor e publisher do AmaJazz