Porto Alegre, sábado, 21 de setembro de 2024
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Exército está se associando a um genocídio, diz Gilmar Mendes sobre crise na saúde; O Estado de São Paulo

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Foto: Gabriela Biló / Estadão

 

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse neste sábado (11) que o Exército está se associando a um “genocídio”, ao se referir à crise sanitária instalada no País em meio à pandemia do novo coronavírus, agravada pela falta de um titular no Ministério da Saúde. O comentário de Gilmar foi feito em videoconferência realizada pela revista IstoÉ.

Há 57 dias sem ministro da Saúde, o Brasil já registrou 1.839.850 infectados e 71.469 óbitos pela doença. O general Eduardo Pazuello assumiu interinamente a pasta após o médico oncologista Nelson Teich pedir demissão em 15 de maio.É a primeira vez desde 1953 que o ministério fica tanto tempo sem um titular. Naquele ano, Antônio Balbino comandou de agosto a dezembro a pasta interinamente, enquanto também era chefe do Ministério da Educação (MEC). As duas pastas haviam acabado de se separar.

“Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa”, afirmou Gilmar.

“Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”, prosseguiu.

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