Porto Alegre, segunda, 23 de setembro de 2024
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SENADORES DO MUDA SENADO LANÇAM MANIFESTO EM DEFESA DA LAVA JATO

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O texto, proposto por Lasier Martins (Podemos-RS) e apoiado por 16 senadores de vários partidos, condena “plano nefasto” de gente “acostumada aos privilégios e à impunidade” que se aproveitam da pandemia da Covid-19 para atacar a Lava Jato. Foto: Agência Senado

 

Após reunirem-se virtualmente nesta terça (6), senadores do grupo Muda Senado lançaram manifesto de apoio à Lava Jato, que acreditam estar ameaçada por uma “crescente escalada de ações e manifestações vindas de notórias autoridades dos três Poderes”. Eles entendem que há uma forte orquestração para destruir a credibilidade das operações de combate à corrupção no país, com especial destaque para a força-tarefa de Curitiba.

O texto, proposto por Lasier Martins (Podemos-RS) e apoiado por 16 senadores de vários partidos, condena “plano nefasto” de gente “acostumada aos privilégios e à impunidade” que se aproveitam da pandemia da Covid-19 para atacar a Lava Jato. Entre as situações criticadas estão “críticas e ilações descabidas por parte do Procurador Geral da República” e a “fala oportunista de políticos investigados ou processados”.

Para os senadores, não cabe ao PGR fiscalizar o trabalho dos procuradores, “tendo acesso indiscriminado a todo o conteúdo de investigações em curso e violando a independência funcional desses servidores”. Tal controle, acrescentam, caberia à Corregedoria do MPF, que respaldou a conduta dos integrantes da força-tarefa. “A ingerência é inaceitável e compromete o futuro das centenas de investigações ainda em andamento”, dizem.

O grupo Muda Senado ainda condenou a “crescente perseguição” contra o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força tarefa de Curitiba. “Vem sendo várias as tentativas de lhe imputar condutas inadequadas, até particular no âmbito do Conselho Nacional do Ministério Público, que infelizmente, ainda sofre forte influência política daqueles que desejam o fim da Lava Jato”, sublinham.

Por fim, os parlamentares ressaltam ser preciso “deixar claro para a sociedade de que lado estão os ditos representantes do povo, muitos deles eleitos justamente com o discurso da ética e do combate à corrupção”.