Porto Alegre, terça, 24 de setembro de 2024
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“Nestes momentos de crise podem existir oportunidades para a vida inteira”, afirma Fernando Morgado em evento do SindiRádio

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Especialista em empresas de mídia e comunicação participou de encontro on-line promovido pelo Sindicato das Empresas de Rádio e TV do RS na tarde desta segunda-feira, 17 de agosto, em comemoração aos 57 anos da entidade.

 

“Nestes momentos de crise podem existir oportunidades para a vida inteira, desde que a gente saiba se relacionar com as marcas”, afirmou o consultor de empresas de mídia e comunicação, Fernando Morgado, que participou esta semana de encontro on-line promovido pelo Sindicato das Empresas de Rádio e TV do RS (SindiRádio) em comemoração aos 57 anos da entidade.

A presidente da entidade, Christina Gadret, abriu a reunião celebrando o aniversário do SindiRádio. “Completamos 57 anos de história, realizando um trabalho de representação das empresas de Rádio e TV do Estado. Um trabalho voluntário feito por amor a comunicação. E para celebrar essa data estamos promovendo uma palestra sobre os desafios e oportunidades para fechar mais negócios e reter anunciantes”, iniciou Christina.

Fernando iniciou a conversa falando sobre sua admiração pelo rádio gaúcho e que, para ele, participar deste momento de comemoração dos 57 anos é motivo de muito orgulho. “Estamos vivendo um momento muito desafiador, um estado e pandemia e tenho me mantido muito atento, muito alerta e muito próximo das emissoras de rádio de todo o Brasil, trocando experiências para um ajudar ao outro”, informa.

De acordo com o consultor, as pessoas tentaram encontrar fórmulas mágicas para enfrentar as situações, mas a forma como as rádios entraram na pandemia é uma das primeiras coisas que tem que ser pensadas para enfrentar os desafios. “Em relação à saúde financeira, cada empresa tem sua realidade, cada marca tem sua realidade. Então temos que pensar em estratégias únicas para cada veículo, marca e situação”.

Mudança de discurso

Fernando falou sobre a urgência das empresas de radiodifusão em dar descontos para manter seus anunciantes e sugeriu uma readequação de discurso como uma estratégia mais assertiva. “Em vez de você dar um percentual muito alto agora, pode fazer como algumas rádios têm feito, vendendo pelo preço de tabela e convertendo esse preço por mídia mais pra frente. Suavizar a ideia de bonificação como nova vantagem específica para este tempo e deixar claro que as condições adotadas agora não são permanentes”, explica.

Importância dos dados e do relacionamento

Para Fernando, a frase “o conteúdo é o rei” vai mais além neste momento de crise. Segundo ele, não adianta nada ter conteúdo, se esse conteúdo não tem números que façam a agência ou o anunciante investirem. “Rádio não ganha dinheiro com conteúdo, mas com os números que os conteúdos geram. Não só em termos de audiência, mas em número de perfil também. Dados como o perfil da região que a emissora cobre, mapa de cobertura. Utilizá-los na nossa defesa e saber em que momento, pois nem todo dado serve para tudo. Mas é importante tê-los, conhecê-los e estudá-los”, ressalta.

Ainda, o consultor deu dicas de como manter o relacionamento com as agências e anunciantes. Conforme Fernando, muitas vezes só o ato de ouvir já ajuda nesta relação. “Primeiro porque cria uma relação mais sólida com o cliente e segundo porque reforça algo nato do rádio que é a empatia, a capacidade de colocar-se no lugar do outro. E a partir dela descobrir as reais necessidades do anunciante e descobrir caminhos que nem ele imaginava”, explica.

Por fim, o especialista informou que não se pode tratar a crise da mesma maneira durante toda a duração dela. “Alguns movimentos que foram feitos em termos de programação não necessariamente vão se perpetuar mais pra frente. Então o meu recado final é esse, que vocês percebam e consumam o máximo que puderem de dados e ajam com rapidez perante aos desafios do momento”