Porto Alegre, domingo, 29 de setembro de 2024
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Pesquisador gaúcho faz palestra internacional sobre medicina de alta precisão

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Dr. Stephen Stefani foi o único brasileiro a palestrar no encontro online da International Diagnostic Excellence Academy.

 

 

A contribuição que a oncologia e sua prática de medicina de precisão, com tratamento de acordo com características específicas do paciente, podem dar aos estudos sobre a Covid foi o tema abordado pelo oncologista e pesquisador do Grupo Oncoclínicas, Dr. Stephen Stefani, em palestra na IDEA (International Diagnostic Excellence Academy). A participação virtual aconteceu na manhã desta terça-feira, dia 20, no encontro da entidade do Reino Unido. O especialista destacou que estudos comparativos sobre os impactos da Covid deveriam envolver um grande número de pacientes. “Mudanças relevantes somente são percebidas em estudos com grandes números”, afirmou. “Para qualquer intervenção em Covid mostrar uma redução de 10% na mortalidade relativa, ou seja de 20% para 18% por exemplo, estudos teriam que ter aproximadamente 16 mil casos avaliados”, acentuou.

 

O Dr. Stefani lembrou que a grande maioria dos estudos são com 5.000 casos e ponderou que, apesar de ser um número grande em ciência, “é improvável que tenha poder estatístico para achar diferenças relevantes”. De acordo com ele, a oncologia pode “emprestar” o know how de uma medicina com alvos conhecidos, a medicina de precisão, o que permite identificar características genéticas que classificam pacientes com a mesma doença, mas de uma forma mais precisa. Para o oncologista, a busca da precisão não pode ser pela média, mas com assertividade muito mais efetiva. “Estamos em tempos de buscar soluções mais sofisticadas. Às vezes, querer melhorar muito a vela, nos atrapalha para criar a lâmpada”, comparou.