Eles não têm mais do que 20 e poucos anos e a maioria não viveu sob a ditadura de Alberto Fujimori (1990-2000), mas sabem usar as redes sociais e muitos foram os primeiros de suas famílias a ingressar no ensino superior. No domingo passado, a chamada “geração do bicentenário” — uma referência ao bicentenário da Independência do Peru, comemorado no próximo ano — fez história nas ruas de Lima e outras cidades do país ao derrubar um presidente interino apontado como “golpista” e “usurpador” pela população, após um processo relâmpago de impeachment bastante questionado.
— É uma geração que nasceu depois de 1990 e, por isso, todas as suas lembranças e experiências de vida se deram num contexto democrático — explica Adriana Urrutia, presidente da Associação Civil Transparência e diretora da Escola de Ciência Política Antonio Ruiz de Montoya, de Lima. — Ela foi às ruas não por uma questão partidária ou ideológica, mas para defender as garantias mínimas da democracia quando elas começaram a se perder.
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