Cinco cientistas gaúchos integram a lista “Pesquisadores Altamente Citados 2020”, pelo site Web of Science , da empresa Clarivate Analytics, também acessível pelo Portal de Periódicos da Capes . A publicação visa reconhecer cientistas que demonstraram ampla e significativa influência em seu campo de atuação por meio da publicação de artigos frequentemente citados por seus pares durante a última década. Entre os 19 brasileiros relacionados estão os gaúchos: Luis Augusto P. Rohde (Psiquiatria e Psicologia), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Felipe Schuch (Psiquiatria e Psicologia), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); e Cesar Gomes Victora (Ciências Sociais), da UFPel. Fernando C. Barros (cross-field), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel); e Pedro Hallal (Ciências Sociais), e Reitor da UFPel.
Ao todo, 6.389 pesquisadores de mais de 60 países foram incluídos na lista de 2020, sendo 3.896 cuja produção científica teve impacto em áreas específicas e 2.493 com impacto cruzado (cross-field) em diversos campos do conhecimento. A seleção foi feita com base no número de artigos altamente citados que os autores produziram ao longo de 11 anos – de janeiro de 2009 a dezembro de 2019 – por especialistas em bibliometria do Institute for Scientific Information, ligado à Clarivate.
Entre os 19 brasileiros incluídos no ranking, 11 estão sediados no Estado de São Paulo; Paulo Artaxo (Geociências), do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP); Álvaro Avezum (cross-field), do Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese; Andre Brunoni (cross-field), da Faculdade de Medicina (FM) da USP; Geoffrey Cannon (Ciências Sociais), da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP; Henriette Azeredo (Ciências Agrícolas), da Embrapa Agroindústria Tropical em São Carlos; Mauro Galetti (Meio Ambiente e Ecologia), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro; Renata Bertazzi Levy (Ciências Sociais) , da FM-USP; Maria Laura C. Louzada (Ciências Sociais), do Instituto de Saúde e Sociedade da Universidade Federal de São Paulo (ISS-Unifesp); Carlos Augusto Monteiro (Ciências Sociais), da FSP-USP; Helder Nakaya (Imunologia), da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP; e Anderson S. Sant’Ana (Ciências Agrícolas), da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Também figuram na lista Mercedes Bustamante (cross-field), da Universidade de Brasília (UnB); Adriano Gomes da Cruz (Ciências Agrícolas), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ); e Mônica Queiroz de Freitas (Ciências Agrícolas), do Departamento de Tecnologia dos Alimentos da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Como em anos anteriores, os Estados Unidos dominam a lista com 2.650 dos autores mais citados (41,5%), mas a participação relativa do país no ranking diminuiu em relação a 2019 (44%). Em seguida estão: China, com 770 pesquisadores (12,1%); Reino Unido, com 514 (8%); Alemanha, com 345 (5,4%); e Austrália, com 306 (4,8%).
A Harvard University (Estados Unidos) é mais uma vez a instituição com a maior concentração de pesquisadores altamente citados do mundo – ao todo são 188. Em segundo lugar está a Chinese Academy of Sciences (China), com 124 autores.
“Nossa análise mostra que a principal contribuição para os avanços científicos globais está sendo conduzida pelos Estados Unidos e pela China. A história deste ano é sobre o sucesso da pesquisa nesses dois países”, disse Joel Haspel, vice-presidente sênior de Estratégia do Grupo de Ciência da Clarivate, em comunicado divulgado à imprensa.
Os 100 mil mais influentes
O ranking dos 100 mil cientistas mais influentes do mundo foi elaborado por pesquisadores da Stanford University (Estados Unidos) com base em informações da Scopus , uma base de dados também acessível pelo Portal de Periódicos da Capes que reúne literatura técnica e científica revisada por pares, além de índices de citações e outras métricas. Os cientistas estão classificados em 22 campos do conhecimento e 176 subcampos. Os dados estão separados em dois rankings – um com impacto dos pesquisadores ao longo da carreira até o fim de 2019 e outro com impacto em um único ano (2019).
Os detalhes sobre o banco de dados usado na pesquisa foram divulgados em outubro na revista PLOS Biology. A partir dessas informações, o ecólogo Kleber Del Claro, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), listou os 600 cientistas de instituições brasileiras que figuram no ranking e publicou no site A Ciência que nós fazemos. (Editor do site com informações da Fapesp)