A decisão das autoridades cubanas de invadir na noite de 26 de novembro a sede do Movimento San Isidro e manter sob prisão durante horas quinze pessoas gerou uma reação de repúdio em âmbitos culturais e acadêmicos de todo o continente. Neste domingo, dezenas de acadêmicos publicaram uma carta aberta em que repudiam a perseguição contra artistas e intelectuais, exigem o fim da perseguição às vozes dissidentes ao regime e pedem um diálogo nacional do qual “emerjam soluções democratizantes reais”.
“O que aconteceu recentemente colocou em cima da mesa a demanda, por parte de um setor diverso e importante da sociedade civil, de mudanças que conduzam à democratização da sociedade e da política cubanas. Os fatos ocorridos tornaram evidente, além disso, a disposição majoritária ao diálogo como veículo de mudança, e de diversas publicações acadêmicos formados em universidades cubanas também pedem um diálogo efetivo entre a sociedade e o Governo da Ilha, que inclua todos os atores e do qual emerjam soluções democratizantes reais”, diz a carta.
O Movimento San Isidro é uma rede de ativistas, artistas e jornalistas que manteve dez dias de confinamento e greve de fome em Havana para exigir a libertação do rapper Denis Solís. Os integrantes do movimento, além disso, protestavam contra as políticas de repressão do Governo contra a liberdade de expressão. As autoridades justificaram a operação com o protocolo de saúde adotado pela pandemia de coronavírus.
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