Horas após deixar o comando do Ministério das Relações Exteriores, o agora ex-chanceler Ernesto Araújo publicou na noite desta segunda-feira (29) sua carta de demissão, entregue ao presidente Jair Bolsonaro.
No texto, ele se queixa de “uma narrativa falsa e hipócrita, a serviço de interesses escusos nacionais e estrangeiros, segundo a qual minha atuação prejudicaria a obtenção de vacinas”.
Ernesto pediu demissão após pressão da cúpula do Congresso, que o acusava de omissão no combate à pandemia —ele é apontado como um dos responsáveis pelo fracasso na negociação entre os governos brasileiro e indiano para a compra de um lote de vacinas contra o coronavírus.
O Senado se tornou o grande foco de atrito com Ernesto. O episódio mais recente, considerado estopim para a saída, foi uma postagem nas redes sociais do ex-ministro, na qual insinua uma ligação da Casa com o lobby chinês pelo 5G, o que, segundo ele, estaria por trás da pressão para derrubá-lo.
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