Porto Alegre, sexta, 11 de outubro de 2024
img

Fórum da Liberdade: Mourão defende democracia e diz que comunicação institucional do governo tem que melhorar. Prêmio Libertas é entregue a David Feffer, presidente do Grupo Suzano

Detalhes Notícia
Mourão e a presidente do IEE, Júlia Tavares, na abertura do Fórum da Liberdade. Foto: Marcos Nagelstein/ Agência Preview

 

 

Não há capitalismo sem democracia, e vice-versa. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, dedicou seu discurso de abertura no 34º Fórum da Liberdade à forte defesa da democracia e da livre iniciativa. Ao reconhecer que o país tem vivenciado movimentos que “tramam contra a democracia”, Mourão alertou que regimes totalitários suprimem a liberdade de informação, de pensamento e de iniciativa, minando a busca por uma sociedade mais igualitária.

– É pela via liberal que podemos estreitar a ligação entre democracia e capitalismo – afirmou o vice-presidente. Mourão ilustrou seu argumento recuperando a trajetória da Alemanha dos anos 1930, em que o pensamento nazista foi se espalhando pelos espaços de convivência social e tornou a população uma massa de manobra para viabilizar um governo totalitário.

Segundo ele, o governo precisa avançar na comunicação institucional, – Nossa comunicação institucional foi meio claudicante nos primeiros anos de governo. Tanto que o presidente já fez trocas aí. Subordinando ao ministro Fabio Faria [a Secretaria de Comunicação Social] e agora colocando [a secretaria] nas mãos do Flávio Rocha. Temos que dar uma melhorada na nossa comunicação institucional e no nosso relacionamento com a imprensa – , avaliou.

No Brasil, afirmou, pode faltar consciência cívica à parte da população, mas a democracia e a geração de riquezas materiais e culturais é parte das raízes do país.

– A combinação de democracia com o capitalismo é a única capaz de gerar igualdade de oportunidades e competição legítima entre as empresas – sublinhou.

O vice-presidente afirmou que o país precisa de mudanças de atitude para seguir garantindo sua liberdade enquanto nação. A primeira é a busca por mais qualidade do conhecimento, superando as deficiências de ensino. A segunda é voltar a acreditar na política.

– A política está desacreditada pela população, mas ela é a única alternativa para uma democracia. Precisamos de uma Reforma que traga mais qualidade à política, atraindo os melhores cérebros e pessoas que pensem no interesse nacional – defendeu.

A terceira mudança é na criatividade, e, para esta, Mourão vê na Amazônia uma oportunidade importante para gerar inclusão social e iniciativas empreendedoras.

– É lá que o Brasil tem mais dificuldade regional e nacional, e também onde estão as maiores oportunidades de desenvolvimento responsável neste Século XXI – afirmou.

Prêmio Libertas

Foto: Marcos Nagelstein / Agência Preview

A abertura do Fórum também foi marcada pela entrega do Prêmio Libertas, um reconhecimento do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) ao empresário David Feffer, presidente do Grupo Suzano. O troféu é uma homenagem ao seu importante trabalho pela valorização dos princípios da economia de mercado e pelo respeito ao Estado de Direito democrático.

Em seu discurso na abertura do Fórum da Liberdade e na entrega do Prêmio Libertas, a presidente do IEE, Júlia Tavares, parabenizou Feffer por sua trajetória empreendedora e elogiou a qualidade dos palestrantes nesta edição do evento.

– Teremos dois dias com grandes nomes nacionais e internacionais para discutir o tema central do evento: O Digital Limita ou Liberta? – afirmou.