Porto Alegre, sábado, 12 de outubro de 2024
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Novo status sanitário do RS demanda reforço no controle de rebanhos; Jornal do Comércio

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Em 2020, de mais de 22.277 bovinos vistoriados, cerca de 24% estavam irregulares. SEAPDR/DIVULGAÇÃO/JC

 

 

No próximo mês, o Rio Grande do Sul deve receber da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) o certificado de área livre da aftosa sem necessidade de vacina, resultado de um longo trabalho de prevenção da doença e de controle de rebanhos no Estado. O novo status sanitário, tem potencial de abrir diversos mercados para a carne gaúcha, como Japão, Coreia do Sul, México, Estados Unidos, Chile e Canadá.

No entanto, a retirada da vacina, que iniciou em 2020, exige um maior trabalho de controle dos animais que circulam em território gaúcho, a fim de impedir o surgimento de qualquer foco da doença. “A vacina é uma ferramenta de vigilância que nós temos. Quando retiramos uma ferramenta precisamos melhorar as outras, como a capacidade de diagnóstico, os atendimentos e a vigilância de trânsito e em propriedades”, explica Rosane Collares Moraes, diretora do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

Com esse objetivo, a fiscalização sanitária no Rio Grande do Sul vem sendo reforçada com programas de vigilância: Sentinela e Guaritas. O primeiro, que iniciou as operações em 8 de julho de 2020 (com um projeto-piloto realizado em junho), compreende uma área de abrangência de 1.200 quilômetros de faixa de fronteira, envolvendo 59 municípios nas fronteiras com Uruguai e Argentina, com 64.842 propriedades rurais e rebanho de 4,4 milhões de cabeças.

Já o Guaritas, que começou em janeiro de 2021, atua com abordagens em 97 municípios na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além das equipes da Seapdr, as ações de fiscalização contam com o apoio da Brigada Militar, Polícia Civil, Exército, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Federal e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

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