Porto Alegre, domingo, 13 de outubro de 2024
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Ministério da Saúde confirma compra só de metade dos 560 milhões de doses anunciadas; O Estado de São Paulo

Detalhes Notícia
Governo não sustenta em documento oficial número citado em propagandas e falas de Queiroga; embora já tenha iniciado distribuição da vacina de Oxford, pasta diz que compra do lote ainda está em negociação. Ministério listou produto entre os adquiridos; lista inclui ainda Coronavac, Janssen e AstraZeneca, além de Sputnik e Covaxin, ainda sem o aval da Anvisa Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

 

 

O Ministério da Saúde admitiu ter divulgado um número superestimado de vacinas já contratadas contra a covid-19. Em peças de propaganda e em declarações públicas do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a pasta diz já ter comprado mais de 560 milhões de doses. Ao responder a um questionamento oficial formulado pelo Congresso, porém, o ministério informou que o número realmente contratado é a metade disso: 280 milhões de doses.

Em 24 de março, a Saúde divulgou no Twitter vídeo de 30 segundos informando que “já foram comprados mais de 560 milhões de doses” de vacinas. Pouco depois, no dia 31, Queiroga repetiu o número. “O governo federal já tem contratados mais de 560 milhões de doses de vacina”, disse ele, após reunião do comitê de combate à covid, que reúne Executivo, Legislativo e Judiciário. “(Mas) é claro que não dispomos dessas doses no departamento de logística do Ministério da Saúde, até porque há uma carência de vacinas a nível internacional.”

Questionada oficialmente pelo Congresso, porém, a Saúde reconheceu que a informação não procede. Na resposta, a área técnica do ministério informou que já havia 281.023.470 doses contratadas e disse que 281.889.400 estão “em fase de negociação”.

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