Porto Alegre, quinta, 17 de outubro de 2024
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Voluntária da Cruz Vermelha sofre assédio online da extrema direita depois de vídeo com migrante em Ceuta viralizar; RFI

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A voluntária da Cruz Vermelha espanhola, Luna Reyes, de 20 anos, reclassificou como "privadas" suas redes sociais depois de ser alvo de uma corrente de abusos e mensagens agressivas online vindas de partidários do partido de extrema direita Vox da Espanha. © Reprodução Twitter / @CruzRojaEsp

 

 

Uma imagem que diz tudo, capturando a humanidade crua do momento trágico: uma voluntária da Cruz Vermelha da Espanha consola ternamente um senegalês momentos depois de ele ter pisado no enclave espanhol de Ceuta, no norte da África. Horas depois que a foto e o vídeo se tornaram virais, no entanto, Luna Reyes, de 20 anos, redefiniu como privadas suas contas nas redes sociais, depois de ser alvo de uma tempestade de abusos e ataques online.

Os ataques vieram de correligionários do partido de extrema direita Vox, da Espanha, além de outros internautas indignados com a chegada de 8.000 migrantes em Ceuta.

“Eles viram que meu namorado era negro, não paravam de me insultar e dizer coisas horríveis e racistas para mim”, disse a jovem de 20 anos, que é voluntária na Cruz Vermelha desde março como parte de seus estudos, ao canal de televisão espanhol RTVE, segundo informações do jornal britânico The Guardian.

Depois que a notícia do abuso de militantes da extrema direita espanhola se espalhou, a internet começou a reagir. Mensagens saudando o abraço entre a voluntária e o migrante logo começaram a chover, abafando os insultos e enviando a hashtag #GraciasLuna como trending topic na Espanha.

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