Porto Alegre, sábado, 19 de outubro de 2024
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Impedidos de vir à França devido à Covid, estudantes brasileiros podem perder vagas em universidades; RFI

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Da esquerda para a direita: oceanógrafa Raisa de Siqueira Alves Chielle; o estudante de cinema Luan Dias; e a engenheira civil Taiza Marques Sampaio, integrantes do movimento "Étudier est impérieux" (estudar é imperioso), que tenta mobilizar as autoridades francesas para a permissão de entrada na França de estudantes estrangeiros de países que fazem parte da "zona vermelha" da Covid-19, como o Brasil. Da esquerda para a direita: oceanógrafa Raisa de Siqueira Alves Chielle; o estudante de cinema Luan Dias; e a engenheira civil Taiza Marques Sampaio, integrantes do movimento "Étudier est impérieux" (estudar é imperioso), que tenta mobilizar as autoridades francesas para a permissão de entrada na França de estudantes estrangeiros de países que fazem parte da "zona vermelha" da Covid-19, como o Brasil. © Fotomontagem com arquivo pessoal

 

 

Eles se prepararam durante meses ou até anos para realizar o sonho de vir estudar na França. Muitos deles conseguiram até mesmo o visto de estudante e estavam prestes a embarcar, mas as diretrizes adotadas no início deste ano pelo governo francês impedem que viajantes brasileiros e de várias outras nacionalidades entrem no país, mesmo para estudos. Desde abril, esse não é considerado um motivo imperioso, mas um movimento que teve início no Brasil tenta sensibilizar as autoridades francesas.

A oceanógrafa Raisa de Siqueira Alves Chielle estava de malas prontas para vir à França. Doutoranda em Ciências Marinha Tropicais no Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará, ela obteve no ano passado uma bolsa de estudos de um ano do programa de internacionalização da Capes para realizar um doutorado sanduíche no Museu Nacional de História Natural de Paris.

Raisa deveria chegar na França no último mês de março, mas com o agravamento da situação sanitária no país, pediu um adiamento do início de suas atividades para maio. A doutoranda chegou a fazer o pedido do visto em Brasília e recebê-lo em abril. No entanto, dez dias antes de embarcar, o governo francês alterou as regras e passou a desconsiderar viagens de estudo como um motivo imperioso. “Desde então, sigo esperando que a entrada de estudantes e pesquisadores seja liberada para que eu possa realizar minha pesquisa”, disse, em entrevista à RFI.

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