Em sua despedida do Ministério da Saúde, o general Eduardo Pazuello afirmou a integrantes da pasta que pressões políticas pesaram para a sua saída — os discursos foram gravados, e os vídeos, revelados posteriormente. Além dos resultados negativos no combate à pandemia da Covid-19 — em março, quando deixou o cargo, o Brasil enfrentava uma escalada de mortes e um avanço tímido na Campanha Nacional de Imunização contra o coronavírus —, Pazuello revelou que foi pressionado por uma “liderança política” para atender a uma série de demandas orçamentárias. O ex-ministro, que chegou a citar o fato de “todos quererem um pixulé no fim do ano”, no entanto, não explicou a quem se referia.
Pazuello disse que, no auge da pressão, chegou a avisar integrantes do ministério que não chegaria ao dia 20 de março na posição que ocupava — o general caiu cinco dias antes. Ao lado do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o ex-chefe da pasta citou ainda a existência de tensões políticas elevadas pelo volume de recursos que o ministério movimenta e a distribuição de verbas com fins políticos.
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