Um telegrama do embaixador do Brasil na China enviado em março de 2020 ao Itamaraty alertou o governo federal sobre as consequências da demora brasileira em se coordenar para comprar insumos médicos. Deu como exemplo a falta de resposta do Ministério da Saúde a uma oferta de máscaras, que, duas semanas depois, ficaram 70% mais caras.
Os primeiros meses de 2020 foram de disputa no mundo inteiro pelos insumos necessários para lidar com o coronavírus, como respiradores, máscaras e remédios. Uma das principais fornecedoras de equipamentos e insumos médicos, a China não conseguiu suprir a rápida demanda e atrasou entregas para entidades públicas e privadas no Brasil, agravando a resposta à pandemia.
Atendendo a pedidos de seus chefes, o embaixador Paulo Estivallet de Mesquita reuniu-se, em 27 de março de 2020, com Liu Jingzhen, presidente da maior empresa estatal chinesa de insumos médicos, a Sinopharm, que naquele momento era responsável pela coordenação das exportações do país no setor.
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