Porto Alegre, terça, 22 de outubro de 2024
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Geração de jovens avessa ao trabalho duro desafia regime comunista chinês; O Estado de São Paulo

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Governo censura blogs e menções ao ‘lying flat’, termo símbolo do movimento que exalta o ‘ficar deitado’; a expressão ganhou milhares de adeptos irresignados com pressão estatal por produtividade, em país com jornada de até 12 horas, seis dias por semana. Há cinco anos, Luo Huazlong (centro) descobriu que gostava de não fazer nada Foto: Qilai Shen/The New York Times

 

 

Há cinco anos, Luo Huazlong descobriu que gostava de não fazer nada. Deixou o emprego numa fábrica, fez um percurso de dois mil quilômetros de bicicleta da Província de Sichuan até o Tibete e decidiu que iria se virar com empregos temporários e US$ 60 por mês das suas economias. Ele chamou o seu novo estilo de “lying flat”, algo como “ficar deitado”.

“Estou relaxando”, disse Luo, de 31 anos, numa postagem no seu blog em abril. “Não acho que tenha algo de errado com isso”.

Ele deu o título de “Ficar deitado é justiça” para o seu post, colocando uma foto dele em sua cama num quarto escuro com as cortinas fechadas. Não demorou muito e a sua postagem começou a ser comemorada pelos millenials chineses como um manifesto de oposição ao consumismo. “O termo “lying flat” viralizou e desde então se tornou uma expressão mais ampla sobre a sociedade chinesa.

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