Hordas de fãs prontos para amar, prestigiar e até defender seu ídolo são comuns. Mas, ao contrário das últimas décadas, quando cantores, artistas ou grandes esportistas monopolizavam a idolatria do público, os últimos anos marcaram a ascensão dos empreendedores bem-sucedidos como os novos ídolos pop.
Empresários “self-made”, aqueles que conseguiram algo por algum tipo de “esforço próprio”, agora possuem milhões de seguidores nas redes sociais, causam aglomerações e reúnem milhares em eventos organizados para falarem sobre suas expertises.
Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, essa mitificação do empresário é consequência do neoliberalismo e avança em meio ao aumento do desemprego. Afinal, em um ambiente em que cada indivíduo é responsável pela própria trajetória, os que se destacam em um período negativo atraem uma mitificação e a esperança de o fã repetir tal roteiro de prosperidade.
Tal conjunção de fatores reforça a idolatria aos empresários do país. Mas, para além do elemento econômico, há também a influência das redes sociais, mais presentes no dia a dia, e do neopentecostalismo, que cresce por aqui, e contém dentro da doutrina religiosa um forte apelo empreendedor.
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