O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, identificou uma lista de canais envolvidos com a divulgação de notícias falsas, que têm como único objetivo ganhar dinheiro a partir de repasses feitos pelas redes sociais. Entre os perfis ligados à propagação de desinformação estão o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de seus filhos Carlos (Republicanos-RJ), Flávio (Patriota-RJ) e Eduardo (PSL-SP), assim como os de outros quatro deputados federais e influenciadores bolsonaristas.
A partir da descoberta, no âmbito do inquérito administrativo instalado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Salomão determinou nesta segunda-feira, 16, que as redes sociais YouTube, Twitch.TV, Twitter, Instagram e Facebook suspendam imediatamente a monetização dos conteúdos publicados pelas pessoas e páginas indiciadas na investigação. Os recursos que vierem a ser obtidos pelos investigados com prática comprovada de desinformar nas redes sociais serão transferidos para uma conta vinculada ao tribunal. O corregedor ainda não decidiu se a medida se estende aos perfis de políticos.
Salomão determinou, ainda, a imediata suspensão de pagamentos a transmissões ao vivo, como as realizadas semanalmente por Bolsonaro. Os conteúdos publicados no canal do presidente no Youtube não são monetizados. Uma das lives realizadas por Bolsonaro às quintas-feiras o levou a ser investigado pelo TSE por divulgar notícias falsas que atentariam contra os ministros da Corte. Mas os usuários que retransmitem as suas publicações, no entanto, ainda podem se beneficiar financeiramente da disseminação de publicações mentirosas.
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