Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Club Cotillon marcou a noite de Porto Alegre por quase três décadas

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Misto de boate e espaço cultural se consolidou como um dos principais lugares de convívio do high-society entre 1949 e 1975 AQUARELAS DE VITÓRIO GHENO/FOTOS NÁDIA RAUPP MEUCCI/REPRODUÇÃO/JC

A hoje infernal avenida Salgado Filho ainda se chamava 10 de Novembro na Porto Alegre dos bondes quando um grupo de empresários do alto comércio inaugurou no número 233 o Cotillon Club, em 6 de abril de 1949. Ocupando o primeiro andar do recém-concluído edifício residencial Paraguay, entre as ruas Vigário José Inácio e Doutor Flores, o imóvel originalmente destinado a um confortável loft foi reconfigurado para abrigar um dos menores e mais requintados pontos de encontro de um high-society tão emergente quanto ávido por visibilidade e divertimento. Ali e depois em outro endereço, a agremiação se firmaria por quase três décadas como um dos emblemas da metrópole em plena transformação.

“Uma sociedade privada de caráter recreativo, inspirada em clubes do gênero para proporcionar reuniões agradáveis em ambiente distinto, deslumbrantemente montado e de caprichoso bom-gosto”, sublinhavam no estatuto os seus fundadores, muitos deles de ascendência alemã. Inicialmente restrita aos chás vespertinos e eventos do tipo, a agenda não demorou a abraçar recepções de formatura, catálogos de debutantes, festas de casamento, encontros políticos, coquetéis empresariais, exposições de arte, leilões beneficentes, saraus poéticos, shows musicais, bailes carnavalescos, desfiles de moda e, sobretudo, o mais bem-comportado night club da cidade ainda carente de boates “respeitáveis”.

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