Porta-voz de uma das principais consultorias de análises de risco do mundo, Christopher Garman, 51, tem levado a seus clientes uma avaliação menos alarmista sobre a possibilidade de uma ruptura institucional no Brasil, mas feito alertas pouco otimistas sobre a situação econômica.
“No fundo, um quadro institucional tão robusto é que gera tanto ruído assim”, diz à Folha o cientista político e diretor para as Américas na Eurasia Group, ao comentar a escalada autoritária do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a guerra declarada por ele a outros Poderes.
“Em países onde as instituições não são tão fortes, não se gera ruído, e isso é ruim”, afirma ele, minimizando o receio corrente de que os atos bolsonaristas de 7 de Setembro deem vazão a tendências golpistas do mandatário.
Para Garman, Bolsonaro ainda tem chance de se fortalecer para as eleições de 2022, mas depende fundamentalmente de elementos que podem afetar neste ano sua popularidade para cima ou para baixo, como a criação do Auxílio Brasil e a iminente crise energética.
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