As montadoras já viram dias melhores. No primeiro semestre de 2021, a produção brasileira somou 1,15 milhão de veículos, 22% abaixo do que foi fabricado nos primeiros seis meses de 2019, antes da pandemia, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Em 2020, o setor já havia amargado a produção mais baixa em 17 anos, 2 milhões de unidades.
O novo coronavírus —que primeiro deixou todos dentro de casa, em um esquema de distanciamento social, e depois bagunçou a cadeia de fornecimento de semicondutores, essencial para esta indústria—impulsionou um cenário que já era ruim.
A ansiedade para tirar carteira de habilitação ao fazer 18 anos já não pertence às novas gerações de consumidores, interessados mais em usufruir um serviço do que ter um bem. Vem daí o crescimento do uso de aplicativos de transporte.
Todo este cenário global de desaceleração, somado aos problemas locais, levaram a decisões difíceis para as montadoras no Brasil. A Ford, por exemplo, optou por encerrar a produção no país e mudar o foco do negócio, investindo na importação de modelos com maior valor agregado, entre utilitários esportivos e veículos comerciais.
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