Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
img

Terras indígenas freiam desmatamento, e aprovação do marco temporal no STF seria 'catástrofe', diz ambientalista; O Globo

Detalhes Notícia
Porta-voz de coalizão que reúne ONGs ambientais e associações do setor agrário, Rachel Biderman afirma que demarcação de reservas combate mudanças climáticas e garante regime de chuvas: 'Estamos com faca no pescoço'. A ambientalista Rachel Biderman, da Coalizão Brasil Clima Foto: Divulgação

Frear a devastação da Amazônia é crucial para conter as mudanças climáticas e manter o regime de chuvas que irriga florestas, reservatórios e plantações mais ao Sul do Brasil. Diferentes estudos científicos já mostraram que as reservas indígenas são as áreas mais protegidas do país. E, como a polêmica tese do marco temporal se tornou uma barreira para a demarcação desses territórios, que são um direito dos povos originários, é fundamental para o ecossistema que o Supremo Tribunal Federal (STF) considere o argumento inconstitucional no julgamento que deve ser retomado nesta quarta-feira.

Essa é a opinião da advogada e ambientalista Rachel Biderman, porta-voz e cofacilitadora da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, que reúne organizações ambientais, associações do setor agrícola e representantes do meio acadêmico. Nesta entrevista, Biderman explica que o nível de degradação da Amazônia está perto do que cientistas chamam de “ponto de não retorno”, a partir do qual a floresta vai começar a virar uma enorme savana. Para impedir essa tragédia, ela diz, as reservas indígenas são vistas como aliadas não apenas por ambientalistas, mas, também, por uma parcela significativa de produtores agrícolas.

Leia mais em O Globo