Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Caminhoneiros reclamam de serem forçados a aderir à manifestação pró-Bolsonaro; O Estado de São Paulo

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Com receio de contrariar manifestantes, caminhoneiros preferem parar em Salto de Pirapora (SP). O motorista de caminhão Rafael Alves Carvalho, de 38 anos, parado em seu caminhão de transporte Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

 

 

Parados na beira da rodovia estadual SP-264, em Salto de Pirapora, interior de São Paulo, caminhoneiros reclamaram de terem sido obrigados a aderir à mobilização a favor do presidente Jair Bolsonaro na manhã desta quinta-feira, 9. “É simplesmente uma pauta política, sem comando nenhum, pessoas ligadas ao atual presidente aí, fazendo essa arruaça”, desabafou o caminhoneiro Rafael Alves de Carvalho, de 38 anos, motorista de caminhão há 15 anos.

Morador de Leme, cidade localizada entre Campinas e Ribeirão Preto, ele contou que havia feito uma descarga de ração em uma empresa de Salto de Pirapora e retornava vazio quando precisou passar pelo bloqueio dos caminhoneiros. Como a abordagem foi ameaçadora, ele decidiu parar o caminhão. “Eu estava indo embora para minha casa e fui obrigado a parar aqui. Não tem uma pauta de reivindicação para os caminhoneiros, infelizmente. É uma paralisação política.”

Carvalho havia carregado o caminhão de madrugada e esperava retornar em tempo de pegar outra carga à tarde, mas não conseguiu ser liberado. Quando falou com a reportagem, ele estava havia quatro horas no acostamento da rodovia, vigiado pelos organizadores da mobilização. “Não vejo futuro nenhum (no movimento) para nós caminhoneiros. Não tem discussão de preço do óleo diesel, do gás de cozinha, redução no preço de alimento. É simplesmente uma pauta política.”

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