A decisão do presidente brasileiro Jair Bolsonaro de visitar Vladimir Putin, na Rússia, em meados de fevereiro, abriu um novo flanco de tensões na relação com o governo dos Estados Unidos. À BBC News Brasil, profissionais da diplomacia americana chamaram a decisão do mandatário brasileiro de “insana” e “sem sentido”.
Embora Brasil e Rússia componham o bloco de emergentes BRICS (junto com China, Índia e África do Sul) e mantenham relações comerciais e diplomáticas há tempos, a viagem de Bolsonaro ao país do Leste Europeu caiu mal para os americanos especialmente pelo momento em que ocorrerá.
EUA e Rússia protagonizam duro embate político internacional. De um lado, os russos estacionaram mais de cem mil soldados na fronteira com a Ucrânia e ameaçam invadir o país a qualquer momento se os americanos e seus aliados ocidentais não interromperem qualquer processo para a entrada da Ucrânia na OTAN, a aliança militar do Atlântico Norte.
De outro lado, os americanos abastecem o governo ucraniano com armas e já deslocaram mais de 3 mil soldados para bases da OTAN na Romênia e na Polônia. O risco é que a situação, que até agora gerou ásperas discussões na ONU e trocas de acusações de parte a parte, evolua para uma guerra na Europa.
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