Morreu em Pelotas, no sul do Estado, no dia 19 de janeiro, aos 83 anos, o comunicador e artista Roberto Gigante, devido a um infarto. Colunista social, Gigante foi um dos ícones da televisão gaúcha na década de 1970. Integrou os primeiros elencos locais na telinha e ficou conhecido pelas brincadeiras e extravagâncias em frente às câmeras.
Um dos seus marcos era a expressão “por isso eu me rasgo todo”. O bordão era combinado a um efeito visual que ele havia bolado para fazer no ar: fez alguns cortes na roupa para que, quando ele puxasse, ela se arrebentasse com facilidade. Não demorou para a expressão invadir o vocabulário do público.
Como ator, participou do longa Domingo de Gre-Nal, filme de 1979 dirigido por Pereira Dias. Nas ondas sonoras, no mesmo ano também comandou um programa na Rádio Gaúcha, nos finais de tarde de segunda a sexta- feira.
Natural de Pelotas, mudou-se para o Rio de Janeiro com 33 anos. Lá, viveu por 20 anos, cultuando sua paixão por teatro, arte e televisão. Do Rio, veio então para Porto Alegre.
Com uma vida social ativa na capital gaúcha, Gigante era uma figura presente nos eventos e festas da cidade. Dirigiu uma galeria de arte no bairro Bom Fim e frequentava casas de festas como a Flower’s. Também se aventurou como cantor e chegou a lançar um disco, que levou seu nome.
O colunista é lembrado pelos amigos pela sua franqueza, autenticidade e apurado senso de humor. Sobre Gigante, o jornalista Paulo Sant’Ana escreveu em sua coluna no dia 11 de setembro de 1979: “O Gigante plana na vida, sem ligar para nenhuma convenção. Como gostaria de ser assim e não tenho conseguido, invejo- o, o que sintetiza o que penso dele”.
Há cerca de 10 anos, Roberto Gigante estava vivendo em Pelotas, sua cidade natal, para ficar mais perto da família. Deixa seu irmão mais novo, Gilberto Gigante, e a cunhada Maria Otilia.
Fonte: GZH