Porto Alegre, sábado, 27 de julho de 2024
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Lula não é mais hegemônico na esquerda: petistas e filiados a outros partidos do bloco já questionam suas decisões; Isto É

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Não são apenas os partidos satélites que orbitam em torno do PT que andam descontentes com as decisões “arrogantes” de Lula: até os lulopetistas, que sempre o seguiam cegamente, hoje o contestam.  “Quem decidirá se haverá candidatura ou não, não sou eu, será o partido” Jaques Wagner, senador (PT-BA) (Crédito: Pedro Ladeira)

Já foi o tempo em que Lula tomava uma decisão sobre a conduta que as esquerdas deveriam ter e todo mundo cumpria sem contestação. Na eleição de 2018, inclusive, o ex-presidente mandava no PT e em seus satélites de dentro da cadeia em Curitiba. Hoje, os desígnios do manda-chuva petista não são levados a sério nem mesmo pelos lulopetistas. A desistência de Jaques Wagner da candidatura ao governo da Bahia é um exemplo dessa desobediência. Nome escolhido pelo próprio Lula para a disputa, o senador anunciou que estava fora do páreo numa reunião com dirigentes do partido na última segunda-feira, 28. De acordo com Wagner, sua decisão não implica na retirada de uma candidatura do PT, que ainda pode lançar outro candidato. “Quem decidirá se haverá candidatura ou não, não sou eu, será o partido”.

A verdade é que Jaques Wagner contrariou Lula e bagunçou os planos do PT para o estado, que incluíam a candidatura do atual governador Rui Costa para o Senado. Sem perder tempo, no mesmo dia da desistência de Wagner, o senador Otto Alencar (PSD) anunciou que poderia concorrer ao governo baiano. Disse que também tinha o aval do Lula, mas essa reviravolta não agradou parte da bancada do PT, que abriu dissidência com Lula.

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