Em outubro deste ano, três famílias tradicionais da política nordestina terão de adotar novas estratégias para manter um poder que possuem há décadas. No Maranhão, Roseana Sarney (MDB) tentará voltar a Brasília como puxadora de votos de seu partido na disputa pela Câmara dos Deputados; em Alagoas, o ex-governador Renan Filho (MDB) concorrerá ao Senado contra Fernando Collor (PROS), que conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), líder de outro clã forte no Estado. A situação mais tranquila é a do ex-prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto (União Brasil), que busca conquistar o governo baiano com recursos milionários de seu partido e sem um oponente de peso no PT, que hoje ocupa o Palácio de Ondina.
Roseana Sarney é filha do ex-presidente e escritor José Sarney (1985-1990). Foi governadora do Maranhão por quatro mandatos (1995 a 2002 e 2009 a 2014) – mas, este ano, deve concorrer a uma vaga como deputada federal. A dificuldade na disputa pelo Senado pesou na decisão, disse ela ao Estadão. A vaga na Casa terá páreo duro este ano, com a entrada na corrida do ex-governador do Estado, Flávio Dino (PSB), e, possivelmente, do atual detentor da cadeira, Roberto Rocha (PSDB).
“Decidi mesmo sair para deputada federal porque eu gostaria de voltar (a Brasília). Já fui deputada federal (1991 a 1994), já fui senadora (2003-2009) e governadora, e queria voltar a ter essa experiência de deputada. E eu também acho que, no Congresso, as coisas começam lá na Câmara. O impeachment, o Orçamento da União. Além da dificuldade também da candidatura para o Senado. Eu preferi ir para a Câmara”, afirmou Roseana Sarney.
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