Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Emendas têm fila de espera e viram arma da cúpula do Congresso para reeleição em 2023, por Thiago Resende e Ranier Bragon/Folha de São Paulo

Detalhes Notícia
Há mais de 400 pedidos, e fluxo de verba alvo de negociação política está travado em ano eleitoral. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) - Pedro Ladeira - 3.fev.2021/Folhapress

 

 

Base de negociações políticas no Congresso, as emendas de relator do Orçamento estão emperradas no começo deste ano. Mais de 430 deputados e senadores já apresentaram proposta para destinar recursos para suas bases eleitorais, mas os R$ 16,5 bilhões reservados para as emendas estão praticamente parados.

Líderes do Congresso afirmam que o atraso na liberação da verba parlamentar está ligado à estratégia de fortalecer o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na corrida pela reeleição ao comando das Casas, no início de 2023.

Segundo esses parlamentares, o represamento inusual dessas verbas —em anos eleitorais geralmente ocorre o contrário, ou seja, as emendas são liberadas mais cedo devido às restrições da legislação— tem o objetivo de contemplar com emendas o novo Congresso eleito em outubro, que é quem vai decidir a nova cúpula das duas Casas. As eleições ocorrem geralmente em 1º de fevereiro.

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