Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Rio Grande do Sul vai precisar importar mais milho em 2022, por Camila Pessôa/Correio do Povo

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Quantidade estimada pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos é de 3,75 milhões de toneladas, 56,25% a mais do que o importado no ano passado | Foto: Karine Viana/ Divulgação Palácio Piratini/CP Memória

 

 

Levantamento apresentado pelo diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, em reunião da Câmara Setorial do Milho da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), projeta que as importações de milho do Rio Grande do Sul atinjam o volume de 3,75 milhões de toneladas em 2022. O número é 56,25% maior que o volume importado em 2021, de 2,4 milhões de toneladas. Em 2020, foram importadas 2,6 milhões de toneladas do grão. Historicamente, o Estado vem empurrando um déficit de milho que aumentou nos últimos anos em razão das estiagens em sequência e do crescimento da indústria de proteína animal, cuja base de alimentação dos rebanhos é o grão.

“Houve diminuição de um ano para o outro porque antes da crise dos preços do trigo (gerada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, no leste europeu) as rações usavam muito trigo”, explica Kerber. O dirigente afirma que a estiagem na safra 2021/2022, mais severa que as registradas em anos anteriores, criou a necessidade de importações de um volume maior de milho. Ainda segundo ele, a maior parte das importações vem de outros estados. Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Rio Grande do Sul colheu na safra de 2021/2022 2,9 milhões de toneladas, cerca de 1,4 milhão de toneladas a menos que o colhido na safra anterior.

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