Para tentar conter os danos causados pelo escândalo que atingiu a Caixa Econômica Federal, o governo se apressou em nomear uma mulher à presidência do banco. A até então secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, assumirá o cargo com a saída, ontem, de Pedro Guimarães, acusado por funcionárias de assédio sexual. O caso, porém, deve ter novos desdobramentos com a investigação aberta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para apurar se a cúpula da instituição acobertou crimes.
O procurador do trabalho Rafael Mondego Figueiredo estabeleceu prazo de 10 dias corridos para que a Caixa se manifeste sobre relatos de que tinha conhecimento da prática de abusos sexuais desde 2019, mas “teria acobertado os fatos”, e encaminhe a lista de denúncias “eventualmente apresentadas” contra Guimarães e Celso Leonardo Barbosa, número 2 na hierarquia e vice-presidente de Negócios de Atacado do banco. O MPT requer, ainda, esclarecimentos sobre o desfecho de cada uma das denúncias. O Ministério Público Federal (MPF) também abriu uma apuração sobre o caso.
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