Uma discussão polêmica nos últimos anos dentro do setor elétrico, o uso ou não de térmicas a carvão, voltou a ter destaque. Por um lado, esse combustível fóssil ganhou novo fôlego com as informações que países europeus vão intensificar seu aproveitamento como alternativa ao gás natural proveniente da Rússia e por outro estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) mostra que entre as termelétricas brasileiras menos eficientes (com maiores taxas de emissões de gases de efeito estufa – GEE) estão as usinas a carvão. Duas plantas gaúchas aparecem no topo desse ranking: Candiota 3 e Pampa Sul.
Ambas localizadas em Candiota, as térmicas Candiota 3 e Pampa Sul tiveram os piores resultados dentro de 72 termelétricas avaliadas, registrando eficiências de 27,4% e 26,6%, respectivamente. A térmica Candiota 3 verificou, em 2020, uma taxa de emissão de 1.327 tCO2 por GWh e a Pampa Sul de 1.302 tCO2 por GWh. A constatação é feita pelo “Inventário de Emissões Atmosféricas em Usinas Termelétricas”, que abrangeu 36 unidades a gás natural, 17 a óleo combustível, 11 a óleo diesel e oito a carvão.
A eficiência energética de uma térmica indica a parcela da energia liberada pelo combustível que é convertida em eletricidade. Quanto menor a eficiência de uma usina, maior o volume de combustível que ela precisa queimar para gerar a mesma quantidade de eletricidade que uma planta mais eficiente geraria. Ou seja, usinas menos eficientes queimam mais combustível e, consequentemente, emitem mais GEE por GWh produzido.
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